Aline

      Eu sou a Aline, uma mulher de 35 anos, casada e muito alegre. Tenho a felicidade de ter dois filhos incríveis que são a luz dos meus dias. Minha carreira como representante comercial regional me traz muita satisfação e estabilidade profissional. Meu marido também é representante comercial, mas ele viaja bastante a trabalho, o que às vezes nos separa por alguns dias. Apesar disso, valorizamos muito o tempo que passamos juntos e fazemos o possível para manter nossa família unida e feliz.

     Tinha um horário marcado em uma empresa para apresentar os produtos que represento. A reunião estava prevista para às onze horas da manhã, mas já era quase hora do almoço. Eu estava faminta e tentava enganar a fome tomando apenas água.

     Quase desistindo, fui chamada para entrar. O gerente da empresa, Sr. Paulo, me recebeu muito bem. Ele era um homem alto e bonito, na faixa dos 40 anos, e sua presença imponente transmitia confiança. Antes mesmo de começar a falar, ele pediu desculpas pelo atraso, explicando que estava resolvendo assuntos importantes e que não poderia ficar muito tempo. Por isso, sugeria que falássemos sobre meus produtos durante o almoço.

     Ao ouvi-lo, pensei comigo mesma: "Esse homem não existe." Queria agradecê-lo por estar me ajudando, mas suas palavras e atitude demonstravam um comprometimento admirável com a eficiência e o profissionalismo.

     O almoço no restaurante foi uma experiência marcante. O local era aconchegante, com um cardápio repleto de delícias caseiras que aguçavam o paladar. Contudo, a conversa não seguiu exatamente o rumo esperado. Em vez de discutir estritamente sobre negócios, mergulhamos em nossas vidas pessoais e aspirações. O Sr. Paulo revelou-se uma alma atenciosa e afável, o que gerou uma ligação inesperada.

     Embora tenha ficado um pouco desapontada por não ter conseguido abordar completamente o propósito da reunião, senti uma satisfação genuína pela troca de histórias e perspectivas. Ao final, o Sr. Paulo demonstrou um compromisso notável ao marcar outro horário para tratarmos de negócios, ficou agendado para a próxima segunda-feira, nas primeiras horas da manhã.

     Entretanto, a chegada da sexta-feira trouxe consigo uma descoberta desconcertante. Ao desfazer as malas do meu marido após uma de suas viagens, deparei-me com uma camisa com uma inconfundível marca de batom na gola, e uma calcinha estava discretamente acomodada em um dos bolsos de seu paletó. Uma onda de emoções me atingiu, inundando-me de incredulidade diante do que meus olhos testemunhavam. Os indícios recentes de sua distância e a diminuição do carinho que compartilhávamos foram agora claros demais para serem ignorados.

     Meu mundo parecia ter desabado, mas o amor que sentia por ele ainda permanecia. Com o passar do tempo, aprendi que decisões impulsivas no calor do momento raramente levam a resoluções duradouras. Optei por não encarar meu marido durante o final de semana, buscando refúgio em solitários prantos noturnos após todos terem adormecido.

     Na segunda-feira, apesar da relutância em enfrentar meus compromissos de trabalho, sabia que precisava manter minha mente ocupada para não ceder à angústia que ameaçava me envolver. Retornei àquela empresa para uma nova conversa com o gerente. Como sempre, ele me recebeu pontualmente e com sua habitual atenção e gentileza.

     Após alguns minutos de apresentação dos produtos, ele percebeu a mudança em minha expressão e interrompeu delicadamente, indagando sobre a razão da tristeza em meus olhos, e por que o brilho que costumava estar lá havia desvanecido. Foi nesse instante que as lágrimas se tornaram inevitáveis e, com sinceridade, compartilhei o que estava me afligindo.

Paulo: - Está tudo bem com você, Aline? Noto que tem algo errado.

Após alguns instantes de silêncio, comecei lágrimas escorreram pelo meu rosto

     O Sr. Paulo,  pediu um momento, levantou-se e dirigiu-se à sua secretária. Com um tom de voz que transmitia empatia, solicitou que ela cancelasse todos os compromissos da manhã. Ele então retornou e, com um olhar compreensivo, revelou que não era alheio ao sofrimento que eu enfrentava. Ele próprio havia passado por uma situação semelhante alguns anos atrás, quando descobriu que sua esposa estava envolvida em um caso extraconjugal.

Aline: - Sr. Paulo, temos que continuar, preciso fazer o meu trabalho.

Paulo: - Sim, mas temos que estar todos bem para que possamos fazer o melhor que podemos. E por favor, pode tirar o Sr.

Aline: - Obrigada… Paulo. Tenho passado por altos e baixos, para ser sincera. Às vezes, a vida nos surpreende de formas que nunca imaginamos.

Paulo: - Entendo perfeitamente. Às vezes, o caminho que percorremos nos leva a lugares inesperados. Posso te oferecer algo para beber?

Aline: - Água está ótimo, obrigada. Paulo, há algo que eu preciso te confessar. Nos últimos tempos, tenho descoberto algumas coisas sobre o meu marido. É difícil para mim falar sobre isso, mas sinto que preciso.

Paulo: - Claro, Aline. Estou aqui para ouvir. Sei como é lidar com descobertas difíceis. Fique à vontade para compartilhar o que quiser.

Aline: - Eu... eu descobri que meu marido tem tido um relacionamento extraconjugal. É uma dor imensa, algo que nunca imaginei que fosse acontecer comigo.

Paulo: - Sinto muito ouvir isso, Aline. Eu sei o quão devastador pode ser descobrir uma traição. Fique tranquila, você não está sozinha nessa situação. Se precisar de conselhos ou apenas alguém para desabafar, estou aqui.

Aline: - Obrigada, Paulo. É reconfortante saber que alguém compreende o que estou passando. Às vezes, a vida nos coloca em situações que parecem insuperáveis.

Paulo: - Compreendo completamente. É importante lembrar que, com o tempo, as coisas tendem a melhorar, mesmo que agora pareça quase impossível. Lembre-se de cuidar de si mesma e buscar o apoio que precisa. Estou aqui para o que precisar.

     O nosso compromisso naquela manhã se estendeu por quase toda a manhã. Eu desabafei, chorei muito, compartilhando tudo o que estava pesando em meu coração. Às vezes, questionava a razão de me abrir tanto para alguém que eu conhecia tão pouco.

     Ao nos despedirmos, agradeci sinceramente pela compreensão e apoio que Paulo me ofereceu. Foi então que ele sorriu gentilmente e me convidou para uma nova conversa, mostrando uma generosidade que me surpreendeu.

     Ao sair daquele encontro, sentia um alívio e uma convicção crescente sobre o que precisava fazer. Decidi que falaria com meu marido e buscaria a separação.

     Quando a noite chegou, eu estava preparada para a conversa difícil. No entanto, meu marido chegou com uma notícia surpreendente: havia sido promovido e teria que mudar de estado. Eu fui genuinamente feliz por ele, mas também sabia que essa reviravolta era o sinal de que era o momento de seguir o meu próprio caminho.

     Eu não hesitei em pedir a separação, e ao ouvir minhas palavras, meu marido chorou e tentou justificar a traição como sendo um erro isolado, reafirmando o amor que sentia por mim. Mas naquele momento, essas palavras não tinham mais o mesmo significado para mim. Eu já estava determinada a reencontrar minha felicidade, seja sozinha ou ao lado de outra pessoa.

     Pouco depois da conversa com o meu marido recebi uma mensagem do Paulo, estava escrito "problema resolvido". Aquela mensagem me deixou curiosa, do que ele estava falando afinal? Passei a semana pensando nisso até encontrá-lo pessoalmente. Me explicou que era amigo do dono da empresa onde meu marido trabalhava e que pediu um favor a ele, transferi-lo para outro estado. Achei engraçado essa situação, mas adorei saber disso. Finalmente consegui fazer meu trabalho com ele e sai feliz de lá.

     Os dias se passavam e eu ficava mais próxima do Paulo, trocamos mensagens todos os dias. Um dia ele me convidou para um almoço de sábado, na casa dele. Disse que adorava cozinhar.

     Sabia o que ele queria, mas não me sentia pronta para mergulhar em um novo relacionamento. Ele pareceu um pouco desapontado, mas também compreendeu minha posição e sugeriu que pudéssemos continuar a nos encontrar para almoços ou jantares, apenas como amigos.

     Nas semanas seguintes, nossos encontros se tornaram mais frequentes. Aos poucos, meu ex-marido deixou de ocupar meus pensamentos. Parecia que eu finalmente estava abrindo meu coração novamente.

     Foi então que Paulo me convidou para uma viagem ao interior, onde aconteceria um festival, na cidade pequena onde ele havia nascido. O dia foi simplesmente maravilhoso. Conheci alguns de seus parentes, ouvi histórias engraçadas sobre suas travessuras de infância. Cada detalhe me encantava ainda mais.

     Ao final da tarde, o céu começou a se nublar e decidimos que era hora de voltar. Ainda assim, o encanto daquele dia especial permaneceu, deixando em nós a sensação de que algo especial estava se formando entre nós.

     Antes mesmo de conseguirmos deixar a cidade, uma chuva torrencial começou a cair, logo seguida de um verdadeiro temporal. Alguns quilômetros à frente, a estrada estava completamente interditada. Diante dessa situação, tomamos a decisão de retornar e encontramos abrigo em um hotel à beira da estrada, onde esperaríamos até que a viagem pudesse ser retomada.

     Ao chegarmos, percebemos que só havia um quarto disponível para casal. Estávamos encharcados e tremendo de frio, mas ao mesmo tempo, uma sensação de contentamento nos invadia. Sem muitas opções, tiramos nossas roupas molhadas e as penduramos para secar, criando uma cena peculiar e até mesmo divertida. Ali estávamos, eu e aquele homem que não era meu namorado, vestindo apenas roupas íntimas, presos em um quarto de hotel de maneira inusitada.

Paulo: Aline, sei que esta situação é um tanto inusitada, mas quero que saiba que estou disposto a dormir no sofá para que você fique confortável na cama.

Aline: Paulo, isso não seria justo com você. Afinal, você deve estar cansado, pois dirigiu a viagem toda.

Paulo: Entendo, Aline, mas é importante para mim que você se sinta à vontade e confortável. Além disso, não seria certo fazer você passar a noite no sofá.

Aline: Você é muito gentil, Paulo. Não quero causar nenhum inconveniente para você.

Paulo: Não se preocupe com isso, Aline. Estou feliz em poder compartilhar este momento e quero que você se sinta bem. Vou buscar algumas roupas extras para o sofá, tudo bem?

Aline: Muito obrigada, Paulo. Você é muito atencioso. Vou aproveitar para descansar um pouco então.

Paulo: Ótimo, qualquer coisa que precisar, estarei por perto. Tenha uma boa noite, Aline.

     Paulo foi para o sofá e eu me acomodei na cama. No entanto, a inquietação não me deixava descansar; eu me revirava de um lado para o outro, incapaz de encontrar o sono. Ao me virar na direção em que ele estava deitado, encontrei seus olhos fixos em mim. Em um gesto impulsivo, ergui a coberta e ele prontamente se juntou a mim. Foi naquela noite que compartilhamos nosso primeiro beijo, marcando o início de nossa jornada juntos.

     Os beijos intensos dele me deixavam cada vez mais excitada, ele segurava meus cabelos com a mão na nuca, isso me enlouquecia. Ele começou a chupar meus seios, e com a outra mão ele acariciava minhas partes íntimas, cada vez que passava a língua nos meus mamilos, sentia um arrepio por todo o corpo. Nunca havia sentido tanto prazer e acabei tendo meu primeiro orgasmo com ele.

     Continuamos devagar, os beijos dele junto com as carícias nos meus cabelos estavam me dando muito prazer. Aos poucos senti ele me penetrando bem devagar, sempre calmo e carinhoso, segurava minhas mãos e penetrava lentamente, aumentando aos poucos o ritmo, senti-lo dentro de mim era diferente, muito mais prazeroso do que estava acostumada. O ritmo ficava frenético, nossos gemidos aumentando e gozamos juntos. Uma sensação incrível, proporcionada pela relação de amizade, carinho e confiança que desenvolvemos nos últimos meses.

Paulo: (Com um sorriso carinhoso) Aline, foi uma experiência maravilhosa.

Aline: (Corando levemente) Sim, foi realmente especial, Paulo.

Paulo: Quero que saiba que estou muito feliz por termos compartilhado esse momento juntos. Você significa muito para mim.

Aline: (Olhando nos olhos dele) Você também significa muito para mim, Paulo. Essa noite foi especial de uma forma que eu jamais imaginava.

Paulo: Estou ansioso para o que o futuro nos reserva. Quero estar ao seu lado, Aline.

Aline: (Sorrindo) Eu também, Paulo. Vamos enfrentar o que vier juntos, com confiança e carinho.

Paulo: Assim é como eu quero viver, Aline. Com você ao meu lado, sei que podemos superar qualquer desafio.

Aline: Estou pronta para essa jornada, Paulo. Juntos, tenho certeza de que podemos construir algo incrível.

Paulo: Então que seja o começo de uma bela história para nós dois, Aline. Vamos fazer valer a pena cada momento.

     Estamos juntos, compartilhando nossa vida sob o mesmo teto, mesmo sem termos oficializado o casamento. O amor entre nós cresce a cada dia, fortalecendo nossa conexão e tornando nossa união ainda mais especial.